Destaques da Fitur 2024
Feira espanhola que abre o calendário global de eventos do mercado de turismo teve estandes grandiosos, mas ainda com pouco uso de tecnologia digital para divulgação e IA
Destaque para os estandes de destinos inteligentes; expectativa para mais ofertas de uso de IA
Foto: Arquivo Pessoal
A Fitur é o evento que abre o calendário anual de feiras do mercado de turismo e acontece em Madri, na Espanha.
É uma feira verdadeiramente global, com representantes de empresas espalhadas pelo mundo, e estive lá pessoalmente para conferir.
Os estandes das cidades e regiões-destino estavam grandiosos, como tem de ser, para chamar a atenção de compradores de viagens. No entanto, vi poucas novidades em termos de interação e digitalização. Os velhos folhetos e cartões de visitas eram, mais uma vez, o recurso de divulgação quase todos os estandes, e mais para o final da feira esses mesmos abarrotavam as latas de lixo. (Sim, e infelizmente para os leitores fãs desses formatos.)
No que melhor posso comentar, a tecnologia, vi variadas ofertas de soluções para hotéis. Seja para otimizar a gestão voltada às operações, seja para mapear e otimizar a jornada online do hóspede.
Um dos destaques que me alegrou foram os novos players dos chamados “destinos inteligentes”, com a implantação de tecnologias que tornam o turismo mais acessível e sustentável – estratégia, aliás, desenvolvida na Espanha e implementada no Brasil formalmente a partir de 2021.
Os estandes dos destinos inteligentes fortaleceram sua presença, com ofertas de produtos e serviços mais bem definidos enquanto proposta de valor.
Poucas soluções apresentavam o uso de inteligência artificial, o que me causou surpresa, já que especialistas em tendências de Travel Techs vem apontando 2024 como o ano de criação de casos de uso de IA.
Neste sentido, o uso de dados também precisará ser melhor coordenado para finalmente materializar a promessa de “melhor tomada de decisão com base em dados” no segmento de gestão e planejamento de viagens e turismo.
Por fim, minha visita ao evento me deixou com uma reflexão. Diante de tantas opções de softwares e aplicativos, como escolher a que melhor atende às necessidades da empresa?
Quanto mais ofertas, melhor ou pior para a equipe de tecnologia escolher?
Alguns exemplos que me chamaram atenção:
eRoom Suite: sistema de hiperpersonalização de experiências para hoteis
Roomatik: quiosques de autoserviço para check-in
Little Hotelier: software multifuncional para pequenos negócios de hospedagem
Siteminder: software para reservas hoteleiras e gestão de canais
Doblemente: software de reservas para agências de viagem e operadores turísticos
Wizzie: análise de espaços inteligentes, infraestruturas de TI e análise de tráfego de rede
Omnibees: plataforma de vendas e pagamentos para operadores de diversos perfis
Dataria: software de gestão de receitas, otimização de preços e reputação para hotéis
Solar Cycle: estações de energia solar para bicicletas elétricas
Dingus: plataforma de soluções integradas para aluguel de imóveis turísticos