Relatório mostra como a IA está transformando o marketing no setor de viagens
Última Atualização: 11/06/2025
Segundo um relatório recente da Epsilon Pulse, realizado em parceria com a Skift, o setor de viagens possui um dos maiores volumes de dados sobre o comportamento dos consumidores, graças à complexidade e personalização do processo de planejamento e reserva. De acordo com o estudo, o volume de informações cria oportunidades únicas para aplicar IA e gerar dados significativos, como com quem falar, onde alcançá-los e o que dizer para engajá-los.
Apesar disso, apenas 64% dos líderes de marketing em turismo afirmam já ter implementado soluções de IA, embora quase 90% reconheçam sua importância para o crescimento do negócio nos próximos três anos. O setor também lidera em número de profissionais que ainda não utilizam a tecnologia: 11%, contra 4% a 6% em outros segmentos como varejo e serviços financeiros.
“O setor de viagens precisa superar o ciclo de reatividade e encarar a IA como uma aliada estratégica”, aponta o estudo. O principal entrave para adoção, segundo os entrevistados, é o “medo da mudança” — uma barreira cultural que dificulta a transformação digital necessária para se manter competitivo.
Outro dado chama atenção: enquanto outros setores veem na IA uma oportunidade para melhorar a experiência do cliente, os profissionais de turismo apontam “redução de custos” como a principal motivação para adoção da tecnologia. Essa diferença de foco pode estar limitando o verdadeiro potencial da IA no turismo.
Entre os principais usos da IA no setor, estão as recomendações personalizadas, apontadas por 33% dos entrevistados, e o mapeamento da jornada do cliente, considerado útil por 61% dos profissionais. A manutenção preditiva (39%) também aparece como uma aplicação relevante, embora menos prioritária.
O relatório traz ainda dados sobre:
- Impacto da IA no desempenho de mercado;
- Orçamentos destinados a ferramentas de IA;
- Métricas de sucesso utilizadas pelas empresas;
- Principais desafios e motivações para investimento em tecnologia.
Por fim, o estudo reforça que o caminho para o uso produtivo da IA é um processo gradual. “A estrada para a IA é uma maratona, não uma corrida de 100 metros”, destaca o relatório.