5 tendências tecnológicas que prometem transformar o cenário digital em 2025

Relatório da Globant aponta computação quântica e robótica como alguns dos destaques na tecnologia para o próximo ano 

O ano de 2025 será marcado por uma revolução tecnológica que impactará tanto consumidores quanto indústrias em escala global. De avanços em inteligência artificial a soluções que integram sustentabilidade e inovação, as tendências que emergem prometem moldar o futuro digital.

A Globant — empresa nativa digital que combina inovação, design e engenharia para ajudar organizações a se reinventarem — divulgou um relatório que explora as principais tendências que estão transformando a maneira como interagimos entre nós e com a tecnologia.

“À medida que nos aproximamos desse ponto de inflexão, permita-nos guiá-lo pelas cinco tendências que revolucionaram os setores e a vida cotidiana, garantindo que você esteja preparado para as mudanças que estão por vir”, descreveu a Globant no documento.

Confira abaixo as 5 tendências destacadas no relatório:

1. Computação Quântica

A computação quântica está finalmente saindo dos laboratórios para ganhar espaço em aplicações comerciais. Em 2024, grandes players como IBM, Google e Microsoft estão focados em disponibilizar plataformas quânticas que podem ser acessadas por empresas por meio da nuvem. Projeções indicam que, até 2025, o mercado de computação quântica movimentará cerca de US$ 5 bilhões, com forte impacto em áreas como segurança cibernética, otimização logística e finanças.

Um exemplo promissor é a aplicação de algoritmos quânticos para resolver problemas complexos de transporte e logística. Empresas de transporte, como a DHL, já testam soluções quânticas para otimizar rotas e reduzir custos operacionais. 

No setor financeiro, a JP Morgan utiliza cálculos quânticos para prever cenários econômicos, otimizando portfólios de investimentos com maior eficiência do que as tecnologias tradicionais.

2. Sistema de IA Agentic

A inteligência artificial generativa continua sendo um dos grandes motores de transformação em 2025. Tecnologias como o ChatGPT e o Bard estarão cada vez mais integradas em sistemas empresariais, permitindo que marcas criem campanhas publicitárias, materiais educativos e até diagnósticos médicos com um nível de precisão e personalização sem precedentes. Segundo o relatório apresentado, espera-se que o mercado de IA generativa cresça a uma taxa anual de 37%, atingindo US$ 110 bilhões em 2025.

Além do marketing, setores como saúde e educação estão se beneficiando da IA generativa para desenvolver soluções mais inclusivas e acessíveis. No ensino, por exemplo, plataformas como Duolingo estão utilizando IA para adaptar conteúdos ao nível de habilidade de cada estudante. 

Já no setor de saúde, sistemas como o Watson Health, da IBM, auxiliam no diagnóstico precoce de doenças ao interpretar dados médicos complexos, proporcionando maior agilidade nos tratamentos.

O surgimento dos sistemas de IA Agentic significa um grande avanço na IA, incorporando a “Agentic” – a capacidade de agir de forma independente e controlar ações e processos.

Diferentemente dos sistemas autônomos tradicionais, que geralmente exigem intervenção humana contínua, estes sistemas apresentam níveis variados de independência. Eles são categorizados pelo Nível de Agência, indicando sua independência no gerenciamento de processos, desde totalmente autônomos até semiautônomos ou com intervenção humana, com base na complexidade e nas necessidades de supervisão.

“Essa tendência destaca a crescente mudança para sistemas de IA mais sofisticados e autossuficientes. Em apoio a essa evolução, um relatório recente da IDC mostra que os gastos das empresas com IA devem crescer 27% ao ano, passando de US$ 166 bilhões em 2023 para impressionantes US$ 423 bilhões em 2027”, cita a Globant.

3. Robótica

Tecnologias como o Roomba e a Alexa, que já fazem parte do cotidiano de muitos, são exemplos de como os robôs estão sendo introduzidos nas nossas vidas para realizar tarefas simples e repetitivas, proporcionando maior conforto e praticidade. À medida que a robótica avança, esses dispositivos não só desempenham funções mais complexas, mas estão começando a tomar decisões de forma mais autônoma. 

A digitalização e o uso crescente de IA generativa são os principais motores dessa evolução, e, nos próximos anos, a presença de robôs em setores como saúde, manufatura e construção será ainda mais intensificada. 

De acordo com o Union Bank of Switzerland (UBS), o mercado de robótica deve crescer substancialmente até 2025, alcançando um valor de US$ 346 bilhões, comparado a US$ 262 bilhões em 2023. Além disso, startups da área arrecadaram mais de US$ 4,2 bilhões em financiamentos, o que demonstra o crescente interesse e o potencial de inovação que a robótica tem a oferecer.

A Nvidia, por exemplo, tem trabalhado com o omniverso para treinar robôs em ambientes virtuais, onde eles podem simular movimentos humanos em grande escala, aprimorando suas habilidades em controle e manipulação. Além disso, o robô humanoide Atlas da Boston Dynamics, com IA avançada e aprendizado de máquina, representa um grande passo na melhoria da eficiência energética e no aumento do interesse dos investidores. 

Segundo o relatório, os robôs como serviço (RaaS) são uma tendência cada vez mais forte, com empresas utilizando esses dispositivos para automatizar uma série de tarefas que antes exigiam intervenção humana. A otimização de processos, com o uso de tecnologias como Retrieval-Augmented Generation (RAG), ampliam os recursos dos robôs, que, além de realizar tarefas complexas, agora ajudam a melhorar a performance humana. 

4. Humanos sintéticos

A fronteira entre ficção científica e realidade digital continua a se estreitar com o surgimento dos humanos sintéticos, que estão transformando a maneira como interagimos com a tecnologia. Imagine Charlie, o coach de carreira virtual para os fãs da Heineken, ou um amigo digital no Aeroporto de Dallas-Fort Worth, ajudando os passageiros a se orientarem.

Essas inovações, desenvolvidas pela Soul Machines, estão trazendo uma nova dimensão às interações digitais, criando conexões emocionais e aumentando a satisfação do cliente ao dar um “rosto humano” à inteligência artificial. 

Esses “humanos digitais” se destacam por sua capacidade de imitar o comportamento humano de maneira sofisticada: com mais de 100 características personalizáveis, eles conseguem replicar aspectos como memória de longo prazo, visão e audição, oferecendo uma experiência altamente personalizada. Sua aplicação é variada, desde pesquisa de usuários até suporte a equipes, desempenhando um papel fundamental em aprimorar a interação com a tecnologia ao imitar a psicologia humana. 

Estima-se que o mercado de avatares digitais e humanos sintéticos, que foi avaliado em US$ 5,59 bilhões em 2023, cresça para US$ 67,54 bilhões até 2032. 

5. Experiências invisíveis

O relatório da Globant ressalta que a IA está se transformando em uma aliada emocional, capaz de compreender e responder às nossas necessidades de maneira mais natural. As antigas interfaces de conversação darão lugar a soluções mais inteligentes e sensíveis, capazes de formar conexões genuínas. 

Entre as inovações que representam esse futuro, os óculos inteligentes ganham destaque. Com mais poder de computação do que os primeiros ônibus espaciais, eles não apenas são elegantes, mas também servem como portais para um mundo aumentado.

Ao passear por uma rua, por exemplo, os óculos oferecem informações sobre restaurantes, lojas e muito mais, tornando a interação com o ambiente mais prática e imersiva. Estima-se que o mercado de óculos inteligentes cresça a uma taxa de 13,2% entre 2023 e 2029, refletindo o grande potencial dessa tecnologia.

Confira aqui o relatório completo.