Aero Brasil discute as principais inovações tecnológicas para aviação e aeroportos
Última Atualização: 26/05/2025
A cidade de São Paulo recebeu na última semana o AEROBRASIL 2025, evento que reuniu especialistas, empresários e profissionais da indústria aeroespacial para discutir os rumos da mobilidade aérea, tecnologia e sustentabilidade. Realizado após o sucesso de suas edições anteriores, em 2018 e 2022, o encontro se consolida como um dos principais fóruns do setor no Brasil.
Além de ser uma vitrine para o setor de aeronaves, aeroportos e inovações, o AEROBRASIL é um espaço de troca de experiências, networking e compartilhamento de novas tecnologias, melhores práticas, cases de sucesso e dados estratégicos que impactam diretamente o futuro da aviação e da mobilidade urbana.
O Aero Brasil 2025 reuniu especialistas, executivos e representantes de empresas do setor para discutir os principais avanços, desafios e tendências da indústria aeronáutica. Pela manhã, os debates abordaram temas como os 75 anos do ITA, os avanços na homologação dos eVTOLs, o papel da mobilidade aérea urbana (UAM) e seu impacto no controle de tráfego, além de reflexões sobre o futuro da aviação, sustentabilidade e o protagonismo do Brasil no cenário internacional.
No período da tarde, o foco se voltou para a transformação dos aeroportos, que estão deixando de ser apenas espaços de passagem para se tornarem ambientes de experiências, sensações e inteligência, com o uso de tecnologias imersivas e soluções sustentáveis. Também foram discutidos temas como segurança na era dos drones e jammers, além dos desafios de pavimentação e inovação na infraestrutura aeroportuária. O evento foi encerrado com dois painéis que reuniram especialistas para debater tecnologias, inovações e os desafios das concessões aeroportuárias no Brasil, reforçando a importância da modernização e da gestão eficiente no setor.
Mobilidade aérea urbana: do conceito à prática
O futuro do transporte nas grandes cidades também esteve no centro dos debates. Com os eVTOLs — veículos elétricos de decolagem e pouso vertical — cada vez mais próximos da operação comercial, a mobilidade aérea urbana deixa de ser ficção e entra na fase de implementação.
Mas, apesar do avanço das tecnologias, ainda há desafios consideráveis. Além da infraestrutura e das regulamentações específicas, existe a questão da aceitação pública dos voos autônomos e do transporte aéreo urbano.
Outro ponto debatido durante o AEROBRASIL 2025 foi o uso de dados e conectividade para melhorar a experiência dos passageiros e aumentar a eficiência operacional. Representantes de empresas de tecnologia apontaram que a análise preditiva, baseada em inteligência artificial, já é realidade em aeroportos ao redor do mundo.
Sustentabilidade
A transição para uma aviação mais sustentável também ganhou espaço nos debates. Foram apresentados projetos de aeronaves elétricas, híbridas e movidas a combustível sustentável de aviação (SAF). Segundo os especialistas, além da pressão ambiental, há uma demanda crescente dos próprios passageiros por soluções mais verdes.
“Muitos aeroportos brasileiros cresceram sem planejamento estruturado, o que gera falhas e manutenções constantes. É preciso modernizar com soluções robustas e preparadas para o futuro, como a fibra ótica. Fibra ótica é a tecnologia que suporta toda comunicação atual e futura, com alta velocidade, baixa latência e resistência a interferências eletromagnéticas. É uma rede à prova de futuro” disse Jorge João, Diretor de Receitas da DCA, sobre a solução laserway.
O especialista comentou ainda que a solução gera até 70% de economia em cabos e espaço, 70% menos consumo de energia e 80% de redução no uso de plástico, resultando em mais sustentabilidade e eficiência.
“Além da eficiência técnica, a fibra ótica também traz benefícios ambientais importantes, emitindo baixa fumaça e gases tóxicos em caso de incêndio, protegendo as pessoas”, finalizou.
O evento foi encerrado com dois painéis que reuniram especialistas para debater tecnologias, inovações e os desafios das concessões aeroportuárias no Brasil, reforçando a importância da modernização e da gestão eficiente no setor.