Plataforma conecta viajantes a comércios locais com descontos de até 50% ao redor do mundo
Última Atualização: 24/04/2025
Global Nomad Pass promove experiências autênticas que são indicadas aos turistas por moradores locais
Com o objetivo de transformar turistas em agentes de impacto positivo, a Global Nomad Pass lançou uma plataforma que une economia criativa, benefícios financeiros e apoio a pequenos negócios em mais de 25 destinos globais. Por meio de uma assinatura anual, os usuários têm acesso a mais de 500 estabelecimentos locais selecionados, com descontos exclusivos que variam entre 20% e 50%, facilitado por um cartão digital integrado à carteira do celular.
Como esses empreendimentos são selecionados? Um time de moradores locais elege as melhores opções de cafés, bares, restaurantes, hospedagens e experiências de lazer para fugir do “hype” turístico ofertado nos principais guias de viagens. Aqui, a ideia é conhecer os estabelecimentos mais tradicionais, aqueles que os moradores frequentam.
Criada pelo empreendedor e viajante Safir Jamal, a iniciativa surgiu de uma frustração comum entre turistas que valorizam experiências autênticas: encontrar bons lugares locais sem cair em armadilhas para turistas. “Você não precisa mais perder tempo no Google ou correr o risco de cair em uma armadilha para turistas. Todos os lugares foram selecionados por moradores locais e são verdadeiras joias escondidas”, disse o CEO da Global Nomad Pass em entrevista ao Travel Tech Hub.
No Brasil, a iniciativa já chegou à cidade do Rio de Janeiro, onde mais de 20 experiências já foram catalogadas pelos “cariocas da gema”. Segundo Safir Jamal, a expectativa é que mais cidades brasileiras sejam contempladas com estabelecimentos credenciados.
Consumo consciente a um clique
Após adquirir o Global Nomad Pass por US$ 79,99 ao ano, o usuário pode adicioná-lo à Apple Wallet ou Google Wallet — como um bilhete de embarque. Em cada estabelecimento parceiro, basta apresentar o passe e escanear um QR code para liberar o desconto.
Segundo Safir, a iniciativa nasceu da percepção de que viajar pode ser uma forma de gerar impacto positivo. “Você está apoiando um negócio local — não uma multinacional sem rosto. Isso faz diferença, porque até 75% do dinheiro gasto com grandes redes deixa a economia local. Já 100% do valor gasto em comércios locais permanece e recircula na comunidade”, explica.

Benefícios para turistas e comerciantes
Além de economizar, o turista tem a certeza de estar contribuindo com a economia real dos lugares que visita. A cada uso, ele estimula o crescimento de pequenos negócios e o fortalecimento da identidade cultural local.
“O Global Nomad Pass é uma forma de tornar o consumo consciente algo simples. Ao mostrar seu passe, você não só garante um bom desconto como ajuda a manter vivo o comércio de bairro, aquele que dá alma às cidades”, reforça Safir.
E para os comerciantes? O modelo é totalmente gratuito. A startup não cobra nada para incluir novos parceiros. Além disso, oferece visibilidade digital por meio de redes sociais, e-mails segmentados para a base de usuários e até espaço em um podcast produzido pela própria empresa.
“É uma forma sem riscos de atrair mais clientes. Nós promovemos o negócio gratuitamente no Instagram, mandamos e-mails direcionados para nossos membros ao redor do mundo e ainda oferecemos espaço para que os donos contem suas histórias no nosso podcast”, comenta o fundador.
Vínculo entre viajante e destino
Segundo os dados da startup, os usuários costumam utilizar o passe em média três vezes por dia durante suas viagens. Isso cria um círculo virtuoso: o viajante economiza, conhece melhor o destino, e o comerciante local ganha um cliente novo — muitas vezes, recorrente.
A empresa também aposta no relacionamento a longo prazo. Mesmo depois que o turista deixa o país, os estabelecimentos continuam visíveis no app e podem enviar notificações e mensagens. “É sobre aprofundar a relação entre o destino e o viajante. Quando você apoia um negócio local, você se torna parte daquela comunidade — mesmo que por pouco tempo. E com a tecnologia, essa conexão pode durar muito mais”, explica Safir.
Para Jamal, o turismo do futuro é mais humano, mais consciente e mais conectado com a cultura local.