Aceleração digital impulsiona setor global de viagens até 2027, diz estudo da Phocuswright
Última Atualização: 04/11/2025
- O setor global de viagens vive uma nova fase de expansão digital.
- De acordo com o Global Travel Market Report 2025, da Phocuswright, o mercado deve crescer de US$ 1,6 trilhão em 2024 para US$ 1,8 trilhão até 2027, impulsionado pela adoção de tecnologias digitais e pela demanda constante por lazer.
- Regiões emergentes como América Latina, Oriente Médio e Índia despontam como protagonistas da próxima onda de crescimento, enquanto reservas online devem representar dois terços de todas as viagens até 2027.
O setor de viagens voltou a crescer após a recuperação total pós-pandemia. Segundo o relatório Global Travel Market Report 2025, da Phocuswright, o mercado global alcançou US$ 1,6 trilhão em reservas brutas em 2024 e deve chegar a US$ 1,8 trilhão até 2027, com crescimento médio anual de 5,2%.
A expansão é impulsionada pela aceleração digital — só em 2024, as reservas online cresceram 9%, e até 2027, dois terços das viagens devem ser feitas pela internet. A adoção de plataformas digitais, o avanço da IA e o uso de dados geoespaciais estão moldando um novo ecossistema, no qual o planejamento, a compra e a experiência de viagem tornam-se cada vez mais automatizados e personalizados.

Embora o crescimento seja global, ele não é uniforme. A América do Norte lidera com US$ 539 bilhões em reservas, seguida pela Ásia-Pacífico e Europa. Já as regiões emergentes, como Oriente Médio, América Latina e Índia, devem registrar os maiores avanços até 2027, refletindo uma diversificação nos mercados e nos comportamentos dos viajantes.
Os segmentos de aéreo e hospedagem continuam dominando, respondendo por quase três quartos das reservas globais. O relatório também aponta um equilíbrio entre fornecedores diretos e agências online (OTAs), com estas últimas mantendo vantagem no setor hoteleiro, onde a fragmentação favorece intermediários.
Apesar de desafios como inflação e políticas tarifárias, a demanda segue resiliente. O estudo indica que o novo viajante busca experiências com melhor custo-benefício, sustentabilidade e flexibilidade, características que estão redefinindo a indústria e criando espaço para novas oportunidades tecnológicas e operacionais.


